Por: Chef Djalma Araújo*
Quando fui convidado para escrever sobre o tema Aromas e Temperos, imediatamente me remeti infância. Certos aromas sentidos nessa fase de minha vida me trazem até hoje lembranças de almoços e lanchinhos, preparados por minha avó paterna, figura com a qual passava muito tempo do meu dia.
Dessas lembranças, um dos temperos de presença mais marcante é o coentro, erva muito utilizada na cozinha nordestina brasileira e em várias outras do mundo, como a asiática (atribui-se ao coentro o poder da imortalidade) e a tailandesa, com a qual me identifico tanto. Pode ser usado fresco ou seco, todas as partes da planta, inclusive caule, raízes e sementes. Além disso, o coentro não é uma erva de fácil aceitação no paladar ocidental, ou você gosta muito ou não gosta nada, não há meio termo.
Com folhas verdes que lembram muito as folhas da salsa, e flores brancas e rosadas, o coentro é uma planta que atinge entre 15 a 50 centímetros de altura e tem como origem o Egito. Ainda em relação a história desse tempero, durante a Idade Média ele era utilizado como remédio afrodisíaco.
Defendo o uso desse aroma, que quando empregado em receitas simples as transformam em experiências gustativas inesquecíveis, e proponho aos que, por preconceito ou por não terem tido acesso a essa planta tão intensa, experimente esta combinação antes de qualquer crítica: tomatinhos cereja, regados com limão rosa, coentro fresco, azeite, sal e pimenta, de preferência a vermelha fresca. Você vai ter uma grata surpresa!
*Djalma Araújo é chefe de Cozinha em Londrina.
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